14.6.06

Caminhando para a Vocação de homens e mulheres novos e verdadeiros.


P.S para aqueles que preferem a esquerda por vocação ....e por história.


Crise do governo. Crise do Partido dos Trabalhadores. Mensalão. Corrupção.
Estes são temas que a mídia não desperdiça forças. Esta com tudo, qualquer noticia é “a noticia”.
Será? O que a mídia, à direita querem explorando tanto estes fatos?
Será que a sociedade, o povo, sabe o que está ocorrendo mesmo: Quais são as forças que estão presentes? O que querem com tantos casos e escândalos? O por que de mostrarem e abordarem esse tema em todos os noticiários de TV e no jornal escrito? Algo está submerso, escondido, velado.
Coisa que não mostram nos noticiários e nos jornais.
Por que não mostram?
Não tenho respostas, até por que não estou interessado no que a grande mídia está dizendo por ai.
Estou interessado no que o Velho João me falou dia desses: “sou mais esquerda, por vocação e por história. Para se ser esquerda não é simplesmente dizer da boca para fora. Para ser esquerda tem que ter coração de esquerda. Tem que ter vocação. Vocação não é algo que nasce do dia para a noite, é algo que nasce com a gente, que nasce e que cresce, e sem mais nem menos descobrimos que somos e pronto, e começamos a agir conforme a vocação manda. E ela se dará se manifestará na história, na luta, nas ações do cotidiano, na construção de uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais igualitária. Isso é ser esquerda.”
Não me importo com o que a mídia anda dizendo, quero é escutar o que o seu João, a dona Maria, o seu Pedro, a Sofia, seu Raul. Importa-me o que o povo, aquele que detêm a esperança diz. Acredito que é a voz destas pessoas que nos impulsionam para continuarmos subindo e descendo, por muitos e outros caminhos, das favelas, do meio da vila, até o coração de todas e todos. Essa é a verdade que não pode ser ocultada, por que é a verdade de todas e todos que, encontram uma janela na palavra, no verbo, na luta, na vocação de homens e mulheres verdadeiros.
Importo sim, com o sofrimento do povo. Com a mudança e a transformação da sociedade. Com a voz, com o grito de milhares de pessoas que pedem pão e água. Importo-me com o outro e com a outra. E segundo o Velho João, isso é ser esquerda.

P.S fico por aqui bombardeado de informações que a mídia nos lança, mas crente que a mudança não vem da fronde da árvore, mas da semeadura.

Elisandro Rodrigues....
...caminhando rumo a construção de uma sociedade mais igualitária, lutando por Liberdade, Democracia e Justiça.
Julho de 2005. Hoje não está tão frio, tem um sol que aquece e queima, como a voz do povo.

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Entra[saí]da - Manoel de Barros

Distâncias somavam a gente para menos. Nossa morada estava tão perto do abandono que dava até para a gente pegar nele. Eu conversava bobagens profundas com sapos, com as águas e com as árvores. Meu avô abastecia a solidão. A natureza avançava nas minhas palavras tipo assim:

O dia está frondoso em borboletas. No amanhecer o sol põe glórias no meu olho. O cinzento da tarde me empobrece. E o rio encosta as margens na minha voz.

Essa fusão com a natureza tirava de mim a liberdade de pensar. Eu queria que as garças me sonhassem. Eu queria que as palavras me gorjeassem. Então comecei a fazer desenhos verbais de imagens. Me dei bem.

[...]

1)É nos loucos que grassam luarais; 2)Eu queria crescer pra passarinho; 3) Sapo é um pedaço de chão que pula; 4) Poesia é a infância da língua. Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.

Siente como Sopla el Viento