14.1.10

Mini curta metragem Amanhã ou Depois.

[Fade in]


Música de Fundo – Reticências do Teatro Mágico (começa nos 07:20 e prossegue até 09:15) A música é lenta mas o clipe de imagens não precisam acompanhar o ritmo da música.


(Inicia-se junto com a música clipe de imagens dos dois personagens, um homem e uma mulher jovens)


O clipe de imagens tem uma seqüência rápida mostrando os ambientes das casas do casal de jovens. Ela sempre sentada na frente do computador que fica no canto esquerdo do quarto dela, podemos ver relances do seu quarto em algumas imagens: livros, guarda roupa, alguns poster´s, cama desarrumada, cama arrumada, cd´s nas paredes. Nas imagens dele vemos ele em vários ambientes do apartamento (sempre com o notebook): sala, cozinha, quarto, banheiro (sim até no banheiro). Na casa dele vemos vários trabalhos manuais pendurados (artesanatos) os cômodos tem estilo meio “despreocupado” mas são todos organizados.


Nas imagens vemos eles com várias roupas diferentes para mostrar passagem de tempo, assim como luzes diferentes (dia, noite, bastante sol, nublado) . Vemos algumas frases na tela dos computadores mas não dando para ler: pedaços de música, frases de amor, de poetas brasileiros, confissões....A frase que conseguimos ver é a seguinte “Te espero no final de semana então amor, Te Amo”.


Musica vai abaixando.


[Fade out]


[Fade in]


Imagem dele sentado na mesa de um bar falando no telefone. Ela em casa deitada na cama.


Ele

- Porra amor. A gente ta marcando essa sua vinda para cá faz mais de um mês.


Ela

- Eu sei meu bem. To com uma puta saudade sua, mas cê tem que entender, não vai rolar mesmo agora. Minha avó está doente e tenho que ir visita-lá em Mococas e é longe pra caralho.


Ele

- Assim não dá viu. Fazem três meses que não te vejo. Para mim terminou viu. Chega.


Ela

- Amor es.....


Ele desliga o telefone da cara dela.


[Fade out]


(Primeira possibilidade de final)


[Fade in]


Sons de batida na porta enquanto abre a imagem para ele deitado na cama. Está com a roupa da noite anterior da conversa no telefone. Quarto bagunçado com latinha de cerveja por todos os lados. Vai atender a porta. Câmera acompanha até a porta.


Abre a porta e vê ela do outro lado com um sorriso no rosto.


[Fade out]


Aparece nome do Nome do Mini Curta e Créditos.



(Segunda Possibilidade de final)


[Fade in]


Sons de batida na porta enquanto abre a imagem para ele deitado na cama. Está com a roupa da noite anterior da conversa no telefone. Quarto bagunçado com latinha de cerveja por todos os lados. Vai atender a porta. Câmera acompanha até a porta.


Abre a porta e vê ela do outro lado com um sorriso no rosto.


Fecha a porta na cara dela.


[Fade out]


Aparece nome do Nome do Mini Curta e Créditos.


(Terceira possibilidade de final)


[Fade in]


Sons de batida na porta enquanto abre a imagem com plano detalhado para o rosto dele acordando, a imagem vai abrindo para plano geral onde vemos ele deitado na cama semi nu com uma outra menina ao lado, que dorme semi nua (pode estar de costas para cima, mostrando apenas a bunda e os cabelos).


Ele levanta-se, coloca uma bermuda e vai atender a porta. Quando abre vê ela do outro lado com um sorriso no rosto.


[Fade out]


Aparece nome do Nome do Mini Curta e Créditos.



Elisandro Rodrigues

Entra[saí]da - Manoel de Barros

Distâncias somavam a gente para menos. Nossa morada estava tão perto do abandono que dava até para a gente pegar nele. Eu conversava bobagens profundas com sapos, com as águas e com as árvores. Meu avô abastecia a solidão. A natureza avançava nas minhas palavras tipo assim:

O dia está frondoso em borboletas. No amanhecer o sol põe glórias no meu olho. O cinzento da tarde me empobrece. E o rio encosta as margens na minha voz.

Essa fusão com a natureza tirava de mim a liberdade de pensar. Eu queria que as garças me sonhassem. Eu queria que as palavras me gorjeassem. Então comecei a fazer desenhos verbais de imagens. Me dei bem.

[...]

1)É nos loucos que grassam luarais; 2)Eu queria crescer pra passarinho; 3) Sapo é um pedaço de chão que pula; 4) Poesia é a infância da língua. Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.

Siente como Sopla el Viento