O Grupo Baú de Encantos vem nestes últimos meses inventando o tempo, ou criando com o tempo. São muitas as atividades que já temos agendadas e alguns projetos que estão começando a aparecer, como por exemplo um projeto de contação de histórias e oficinas de teatro com crianças que moram em abrigos. Para um grupo que nasceu este ano já estamos bem, com muitas atividades, muitas apresentações e alguns espaços de articulação.
Todo este trabalho que estamos realizando é algo diferente, para nós, e acreditamos para o teatro e o tema de produção e geração de renda. Sabemos que no Brasil são muitos os grupos culturais que trabalham com Economia Popular e Solidária (Geração de Renda), mas são poucos os que estão ligados com a temática do teatro.
Como nos fala Spolin: “A partir do objeto da procura de autenticidade e verdade, o teatro torna-se a possibilidade de restauração da verdadeira produção humana (...) Longe de estar submisso a teorias, sistemas, técnicas, leis, o ator passa a ser artesão de sua própria educação, aquele que produz livremente a si mesmo (...) O Fazer artístico é concebido como uma relação de trabalho.” (Viola Spolin. Improvisação para o teatro. São Paulo: Editora Perspectiva. Pg 13 e 14). Podemos perceber que a relação de trabalho com a arte está muito ligada, e que com isso restauramos a produção humana e a educação. O que queremos com a proposta do Baú de Encantos é isso: produzir reflexão, educação e geração de renda através do trabalho com o teatro.
Queremos inventar de uma forma criativa e lúdica, onde possamos trazer temas polêmicos, como o da pirataria, temas de reflexão como o mundo da imaginação e de provocação trabalhando a temática da conformidade juvenil. Tudo isso de um jeito simples, quase que de leigos que querem produzir teatro, mas também de uma forma divertida onde possamos estabelecer na relação do teatro possibilidades de sermos mais humanos.
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