Sometimes you wake up. Sometimes the fall kills you. And sometimes, when you fall... you fly."
Como sabes então o que vai acontecer? Não sabes. Tens de confiar no Sonho. Fugir só será pior...
Distâncias somavam a gente para menos. Nossa morada estava tão perto do abandono que dava até para a gente pegar nele. Eu conversava bobagens profundas com sapos, com as águas e com as árvores. Meu avô abastecia a solidão. A natureza avançava nas minhas palavras tipo assim:
O dia está frondoso em borboletas. No amanhecer o sol põe glórias no meu olho. O cinzento da tarde me empobrece. E o rio encosta as margens na minha voz.
Essa fusão com a natureza tirava de mim a liberdade de pensar. Eu queria que as garças me sonhassem. Eu queria que as palavras me gorjeassem. Então comecei a fazer desenhos verbais de imagens. Me dei bem.
[...]
1)É nos loucos que grassam luarais; 2)Eu queria crescer pra passarinho; 3) Sapo é um pedaço de chão que pula; 4) Poesia é a infância da língua. Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.
Um comentário:
Oi...olá, menino dos olhos caramelos!
Resolvi te visitar:
"Os vidros traçam as pernas
de quem os inlaçam, enquanto somos apenas a vida de quem duvida do proprio vidro da vida. Ou o teto furado de um papo enrolado que nao leva a nenhum dos lados.Seja ou o teto furado, ou o papo enrolado, a gente sempre duvida do outro lado do vidro."
Beçus!
Que desenhes bons caminhos no outro lado de teu vidro...
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