15.4.09

Por onde caminho

Sinto que meu Inconsciente vive Escrevendo Roteiros sem eu pedir. E nesses roteiros vivo Confabulando Imagens, sonhos e desejos por todos os lados e cantos onde passo. Sei que sou um Sujeito Simples, até meio Retro e vivo em constantes Vertigens mas tenho alguns Projetos Reticere e tal. Ando partilhando minha vida com O Solitário Jim, e escutando de minha amiga que Nunca Foi Moça Bem Comportada coisas que preciso escutar. Mas na verdade ando com saudades de buscar Flores No Asfalto e deitar na areia e ver a lua, de contar estrelas deitado no chão da varanda de seu apartamento. Mas meu Respeitável Público minha mente anda em desordem e num caos total deve ser por isso que surgem roteiros sem eu pedir e que vão Vivendo e Sonhando dentro de mim.

Elisandro Rodrigues

3 comentários:

Anna Rocha disse...

lindo lindo lindo!!!

Preta Lopes disse...

Show man!! ADORO!

Grazi disse...

Que tudo! *-*

Entra[saí]da - Manoel de Barros

Distâncias somavam a gente para menos. Nossa morada estava tão perto do abandono que dava até para a gente pegar nele. Eu conversava bobagens profundas com sapos, com as águas e com as árvores. Meu avô abastecia a solidão. A natureza avançava nas minhas palavras tipo assim:

O dia está frondoso em borboletas. No amanhecer o sol põe glórias no meu olho. O cinzento da tarde me empobrece. E o rio encosta as margens na minha voz.

Essa fusão com a natureza tirava de mim a liberdade de pensar. Eu queria que as garças me sonhassem. Eu queria que as palavras me gorjeassem. Então comecei a fazer desenhos verbais de imagens. Me dei bem.

[...]

1)É nos loucos que grassam luarais; 2)Eu queria crescer pra passarinho; 3) Sapo é um pedaço de chão que pula; 4) Poesia é a infância da língua. Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.

Siente como Sopla el Viento