7.4.09

Projeto Magia: Para um inicío de história.

(Texto escrito hoje pela manhã. Por causa dele perdi o ônibus e cheguei atrasado no trabalho, hehe).


6:45 seu relógio desperta. Enoski permanece alguns minutos na cama. A vontade de ficar em casa é maior do que a vontade de ir para o trabalho. Vai para o banho ainda sonolento como todos os dias. No guarda-roupa escolhe uma roupa qualquer – acaba pegando uma camisa listrada e uma calça social. Calça seus All Star´s e vai para a cozinha. Toma um copo de suco e sai para o trabalho. Até então tudo transcorria normal no seu dia – sono com a não vontade de se trabalhar, ia pensando sobre os livros e hq´s de magia. Assim se encaminhava para fora de casa.


A não normalidade do seu dia iniciou-se ao abrir a porta de casa. O dia parecia noite. Uma neblina densa cobria a cidade mal notava-se a silhueta das casas e prédios ao redor. Desceu as escadas de sua casa com cuidado. O ar estava pesado, era difícil respirar, a umidade entrava no corpo e gelava os pulmões uma energia estranha percorria com a névoa – densa e pesada. Percebeu vultos andando de um lado para o outro como se voassem. Enoski pensou consigo “Que gente apressada essa. Correm para chegar no trabalho, depois querem que o tempo corra para chegarem novamente em casa”. Soltou uma risada que encheu o vazio branco a sua frente. Os vultos começaram a passar mais perto – era como se as pessoas voassem com a névoa. Sentiu algo sobre seu ombro como uma mão gelada o tocasse. Assustou-se com aquela sensação. Olhou ao redor e não viu nada. Os vultos se aproximavam rapidamente agora, sentiu outra mão gelada segurar seu ombro. Enoski se desvencilhou daquela e mão e começou a correr em direção a parada de ônibus. Os vultos o perseguiam.

“Quer merda é isso” pensou já sem folego pelos segundos corridos. Olhou para trás e percebeu os vultos no seu encalço. Escutava o barulho dos ônibus logo a frente na ânsia de chegar rápido a parada tropeçou em si mesmo e caio....

Os vultos estavam em cima dele sentia seu corpo gelado. Olhou ao redor e a paisagem estava diferente no meio da neblina destacavam-se algo parecido com árvores. Suas mãos tocavam o chão úmido e coberto de folhas, parecia estar numa floresta. Tentou levantar-se mas já era tarde mãos frias tocavam suas pernas e seus braços. Desesperadamente tentava se soltar e lutar contra aqueles seres estranhos. LUZELLASAL LACOL – escutou essa frase estranha e um clarão que o cegou.

- Vamos sair logo. Uma mão macia e suave tocou a sua áspera e suja. Enoski abriu os olhos e viu a floresta fechada que o cercava. Olhou para a mão que o tocava: uma moça vestida com uma capa preta. Seus cabelos estavam presos com presilhas brilhantes. O cabelo dela era castanho, seu rosto branco, os olhos de um castanho-esverdeado. Ela o olhava fixamente.

- Vamos! Levante-se rápido, não temos muito tempo até que eles voltem.

- O que ela aquilo? O que eles queriam comigo? Onde diabos estou? Quem é você?

- Poxa garoto! Você é sempre chato assim? Sempre faz um monte de perguntas? Meu nome é Natthali e só posso dizer que vocês não está no seu mundo e corre grande perigo. Então não fale muito levante-se e vamos – Estendendo sua mão ainda perguntou – como se chama?

- Enoski!

- Enoski vai ficar sentado ai o dia todo, vamos andando temos um longo caminho pela frente. Tenho que te levar em segurança daqui. E não fique ai com essa cara de abobado se quiser respostas levante-se e comece a caminhar.

Natthali virou-se e começou a andar. Enoski estava num momento de dúvida Shakesperiana: ficar ali sentado no meio daquele lugar estranho se beliscando para tentar acordar ou levantava-se e seguia aquela menina mal humorada. Tentou se beliscar mas sem sucesso, não acreditava que aquilo tudo era real. Levantou-se e apressou para alcançá-la. Sem se virar ela comentou:

- Sem perguntas, continue a caminhar em silêncio não podemos fazer muito barulho. Logo você saberá mais.

Dizendo isso Natthali apressou o passo.


Elisandro Rodrigues

Um comentário:

Anna Rocha disse...

tá tá tá tá

e tu pára assim de narrar????
onde ja se viu???
reinvidico o fim desse conto!!!!
por favor, escreva-o

Entra[saí]da - Manoel de Barros

Distâncias somavam a gente para menos. Nossa morada estava tão perto do abandono que dava até para a gente pegar nele. Eu conversava bobagens profundas com sapos, com as águas e com as árvores. Meu avô abastecia a solidão. A natureza avançava nas minhas palavras tipo assim:

O dia está frondoso em borboletas. No amanhecer o sol põe glórias no meu olho. O cinzento da tarde me empobrece. E o rio encosta as margens na minha voz.

Essa fusão com a natureza tirava de mim a liberdade de pensar. Eu queria que as garças me sonhassem. Eu queria que as palavras me gorjeassem. Então comecei a fazer desenhos verbais de imagens. Me dei bem.

[...]

1)É nos loucos que grassam luarais; 2)Eu queria crescer pra passarinho; 3) Sapo é um pedaço de chão que pula; 4) Poesia é a infância da língua. Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.

Siente como Sopla el Viento