Deixa a caneta cair sobre o papel e fica observando o nada a sua frente, em sua cabeça giram perguntas, imagens e sons que se ligam e conectam como o despertar de dois lados da mesma janela do coração. Fica pensando naquele sentimento estranho que envolve seu coração. Sentimento de falta. Falta do abraço e do sorriso - Pensa que sabe que ela não é uma trilha segura a se seguir, mas está disposto a dar as mãos e caminhar nessa estrada de incertezas que é o amor. Se por ventura um buraco se abrir no chão e um deles cair? Deixar o outro ali? Segurar sua mão e cair junto? ou tentar ajudar a sair? Não abandonar, não deixar o outro sozinho, é isso que um companheiro deveria fazer. Deveria achar soluções, alternativas para a outra pessoa sair de dentro do buraco e continuar a caminhar rumo a um não ser e não saber mais incerto ainda. Nessa estrada que não é de tijolos amarelos mas sim de lírios de todas as cores e tamanhos.
Abre um arquivo em mp3 em seu computador e se perde nos versos da música Companheira de Zé Vicente:
Companheira me dá as tuas mão,
Eu necessito do amor que tu me dá.
Tua presença me anima a lutar
O teu abraço refresca o calor
Dessa jornada em busca do lugar
Onde seremos uma só nação.
Láia, láia, láia...
Companheiro te dou as minhas mãos,
Te dou meu peito em mim vem repousar
Vem ser a chama que acende o coração
O meu desejo à vida que virá,
Felicidade enfim vai florescer
E amaremos sobre o nosso chão.
Que venham as lutas, a dor e a solidão,
Os passos lentos do povo a caminhar.
O nosso amor é fonte no jardim,
Pra saciar a sede de quem vem
Pra perfumar a estrada de quem vai
Pra festejar o dia do amor.
Elisandro Rodrigues
(Para saber mais sobre a imagem e a música abaixo acesse: http://nuvens.net)
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