Somos atores em um ato sem aplausos. Parece que não sabemos quem somos. Ficamos perdidos no meio das luzes que nos cegam, no meio de tantos personagens que fingimos encenar para nos esconder de nós mesmos. Escrevemos cartas para nós disfarçando a solidão e a tristeza ou para tentar nos acharmos. Em vão preenchemos folhas e folhas.
Ainda assim, sempre que pensamos estar sendo como queríamos ser, como desejamos ser, vem a lembrança de estar fazendo algo errado. E o que é isso? Nada mais, nada menos que a certeza de que estamos sendo não quem pensamos ser e sim, a pessoa que os outros querem que a gente seja.
Quando vamos dar um grito de liberdade, quando vamos soltar o verbo, mandar tudo para o alto. Na verdade quando vamos sair de nós mesmos para ser quem queremos ser. Há de chegar o dia em que a liberdade vai bater asas e voar. Enquanto este amanhecer não chega vamos encenando nossas próprias vidas.
E por hoje .......por hoje continuamos sendo quem não somos.
Eu não sei na verdade quem eu sou,
Já tentei calcular o meu valor,
Mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou...
Por que a gente é desse jeito
criando conceito pra tudo que restou?
Ricardo Amaral
Foto de Beatriz Rodrigues
... tentando ser elas mesmas....
Um comentário:
(...)Em vão preenchemos folhas e folhas(...)
Não! onde há sentimento não há o que seja em vão!
Bjos
Como sempre, Continue!
c(=
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