![Mo[v]im[ento]](http://4.bp.blogspot.com/-dWNAsAGUENY/Tj1TjuJyw0I/AAAAAAAAAyo/TsnzQ7s1BhI/s1600/fragmentos.png)
.
.
.
Um pouco mais de cultura
.
.
.
Com a pá da palavra tirar
a palha da palavra atrapalhada,
o mar da palavra amarelo,
o azul da palavra azulejo.
Com a pá da palavra tirar
o amor da palavra namorada
e ver que sobra nada.
- mariopirata
.................................................
Feliz dia dos namorados!
E como diz a canção:
"Quem tem um bem, agradeça o bem que tem, quem não tem, peça a deus que vem..."
Distâncias somavam a gente para menos. Nossa morada estava tão perto do abandono que dava até para a gente pegar nele. Eu conversava bobagens profundas com sapos, com as águas e com as árvores. Meu avô abastecia a solidão. A natureza avançava nas minhas palavras tipo assim:
O dia está frondoso em borboletas. No amanhecer o sol põe glórias no meu olho. O cinzento da tarde me empobrece. E o rio encosta as margens na minha voz.
Essa fusão com a natureza tirava de mim a liberdade de pensar. Eu queria que as garças me sonhassem. Eu queria que as palavras me gorjeassem. Então comecei a fazer desenhos verbais de imagens. Me dei bem.
[...]
1)É nos loucos que grassam luarais; 2)Eu queria crescer pra passarinho; 3) Sapo é um pedaço de chão que pula; 4) Poesia é a infância da língua. Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário