Ela na mesa ao lado, com ar e pose de intelectual: cigarro acesso na boca, um copo de uísque e dois livros em cima da mesa. Eu do outro a encarava: uma cerveja pela metade, vários saques de maionese e ‘catchup’ e um gibi em cima da mesa. Num papel de guardanapo podiam se ler alguns rabiscos escritos por mim, neles diziam o seguinte:
‘Sempre procurei uma pessoa para amar! Na clandestinidade grito meu amor. Abro o peito aos quatro ventos, aos mil mundos. Grito para o vento, na verdade sussurro para que em brisa minhas palavras se transformem e cheguem até você. Por que sempre procurei alguém para amar? Agora achei alguém para admirar e gostar? Não sei ao certo e na clandestinidade eu fico com um copo de cerveja meio vazio e no fundo da garrafa pétalas de flores em um pedaço de papel – ou flores de papel em um pedaço de pétala...’
Do copo e do guardanapo saem borboletas dançando bambolês.
Elisandro Rodrigues
Um comentário:
bah eu aodro essa musica!
tava escutando ela agora mesmo!
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