24.2.11

[...] shared - do azul e do tempo


Na imensidão do azul que me cobre o […] na espera por você […]. O silêncio se apossa do meu corpo, fico no aguardo de luzes piscarem na tela do meu computador, indicando que alguém me chama para conversar.

Na ansiedade dos que sentem saudade vejo logo....não é você, apenas […] e aguardo.

Na ignorância da saudade causo fissuras em mim mesmo, você percebe e me diz […]

Corro cataventos na janela do meu quarto em cada intervalo de um minuto da sua espera, falo comigo mesmo coisas que queria lhe dizer, principalmente que […] e o piscar do vaga-lume clareia a noite.

Finalmente chegas, e cada palavra sua é como um abraço e […]. Sinto-me feliz novamen

te. O sorriso brota no meu rosto como água no sertão.

A conversa é truncada, mas espero. Perco a paciência, você me explica com a candura de sempre – Aqui está cheio.

Corro cataventos em volta da flor que deixou no meu quarto e me acalmo. Quando as palavras são ditas e explicas fica mais fácil de entender. Os ventos que me molham […]

No entrelaço das palavras falta os braços ….minha saudade só morre quando for esmagada pelo abraço.

Lembro-me que para te entender preciso do silêncio que dança, e para escuta-lo é necessário […]

Paro, olho para as palavras escritas e escrevo em linhas desenhadas tortas [...]

Sinto você sorrir do outro lado do mundo e sensível na poesia da delicadeza me diz: And i loved the links that u shared... miss u. Tem coisas que soh o silencio faz a gente ver melhor nao adianta 'tamponar'.

Eu te olho nas palavras e vejo por que a saudade é legitima.

Na sua despedida a vontade de te contar dos tons e cores que vi nas árvores e no céu....mas o tempo dorme com a noite.

Eu digo tchau e […]


Elisandro [...]

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Entra[saí]da - Manoel de Barros

Distâncias somavam a gente para menos. Nossa morada estava tão perto do abandono que dava até para a gente pegar nele. Eu conversava bobagens profundas com sapos, com as águas e com as árvores. Meu avô abastecia a solidão. A natureza avançava nas minhas palavras tipo assim:

O dia está frondoso em borboletas. No amanhecer o sol põe glórias no meu olho. O cinzento da tarde me empobrece. E o rio encosta as margens na minha voz.

Essa fusão com a natureza tirava de mim a liberdade de pensar. Eu queria que as garças me sonhassem. Eu queria que as palavras me gorjeassem. Então comecei a fazer desenhos verbais de imagens. Me dei bem.

[...]

1)É nos loucos que grassam luarais; 2)Eu queria crescer pra passarinho; 3) Sapo é um pedaço de chão que pula; 4) Poesia é a infância da língua. Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.

Siente como Sopla el Viento