20.8.10

Tempo...de não escrita.

Ando sem tempo para postar aqui, como se alguém se preocupasse com isso também né. Mas para simplesmente satisfazer a minha culpa, por achar que tenho alguma, mas como não tenho nenhuma em relação as pessoas que vem me ler, se é que existe alguma pessoa que vem me ler, acho que ninguém vem me ler, mas tanto faz como tanto fez, estou aqui para dizer que não estou escrevendo por o tempo não me deixa escrever. É o tempo, sabe aquele tempo que te come por todos os lados e não te satisfaz e nem te faz gozar, é esse tempo que está me comendo.
Mas como não tenho tempo nem sei por que estou perdendo o tempo que tenho para escrever aqui e dizer que o tempo que eu não tenho tá me comendo e me deixando sem tempo.
Para falar...ixi acabou o tempo.

Um comentário:

Preta Lopes disse...

BobãããoooO !!!
Claro que tem quem te leia! Eu!
akakakaakaa
Saudade das suas boas escritas.
Por falar em tempo, tb tô sem tempo!
Tenho que ir!
Beijotchaaaau!!!!!!!!!!!

Entra[saí]da - Manoel de Barros

Distâncias somavam a gente para menos. Nossa morada estava tão perto do abandono que dava até para a gente pegar nele. Eu conversava bobagens profundas com sapos, com as águas e com as árvores. Meu avô abastecia a solidão. A natureza avançava nas minhas palavras tipo assim:

O dia está frondoso em borboletas. No amanhecer o sol põe glórias no meu olho. O cinzento da tarde me empobrece. E o rio encosta as margens na minha voz.

Essa fusão com a natureza tirava de mim a liberdade de pensar. Eu queria que as garças me sonhassem. Eu queria que as palavras me gorjeassem. Então comecei a fazer desenhos verbais de imagens. Me dei bem.

[...]

1)É nos loucos que grassam luarais; 2)Eu queria crescer pra passarinho; 3) Sapo é um pedaço de chão que pula; 4) Poesia é a infância da língua. Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.

Siente como Sopla el Viento