As Brasas são apegadas ao querer delas, ao sentir delas, ao afeto delas por aquele não sabe se vai nem se vem. O vento não, o vento e decidido, sopra, brisa, venta, sacode, acalma, desacalma. E ele é assim, vem quietinho nas tardes de mormaço e faz um afago no nosso rosto, é assim que ele chega na brasa, de mansinho e a acende tornanado-a mais bela e bonita do que antes. Ele fica ali um pouquinho olhando admirando a boniteza da dança e depois vai soprar em outro lugar. E assim a brasa apaga - ou achamos que ela apaga, pois a teimosia dela persiste depois que o vento vai, ela fica lá quietinha até ele voltar e o sopro acontecer novamente.
Elisandro Rodrigues
P.S: Que nesse ano que se aproxima sejamos uma mistura da teimosia de Vento e Brasa.
4 comentários:
É que eu sou sempre brasa, tenho que aprender com o vento.
ótimo 2010
amém!
Que lindo...
vento varre o mundo
inteiro
leva, traz e deixa
metades
flores do cerrado,
nanda
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