“A maior dor do vento é não ser Colorido” (Mario Quintana)
O vento traçava seu movim[inv]ento no ar do quarto. Fazia calor e os corpos sua[ma]vam.
Dois corpos em colo[do]res. O movim[v]ento das cores. Vento se fazendo cor. Se fazendo odor. Criando uma dança de des-canção nos corpos cancionais – [instâncias de insubstâncias].
Cantiga de [in]vento. Nas funduras do go[lambu]zo[u] os prazeres se fazem presentidade. O abraço de uma semana se demora no corpo sua[ama]do. O gemido do prazer se prolonga ainda no assopro do [em]canto.
Devo[o]rando os corpos seguem sem palavras.
Ausência sem presença de palavras. Cores por todos os lados.
Passarando feito pássaro passam os dias se empurrando [cor]po adentro.
Palavras que falam através dos corpos – do tato, do beijo, do abraço, da penetração, do gozo.
O vento traça movimentos dentro do quarto.
Dentro do quarto dois corpos se movem com o vento.
No vento o sussurro do prazer.
Prazer de idas e vindas nas colores.
Ventania de cores.
Elisandro Rodrigues
Um comentário:
Oi Elisandro.
Passando a limpo as leituras do meu blog, li seu comentário.
Se for para SP e assistir ao espetaculo me diga o que achou. Infelizmente não pdoerei ir ao final da temporada. Mas ficou guardado muita felicidade e quando fecho os olhos parece que estou assistindo. Abraços.
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