6.8.11

Exercício #7 - Rasura

Exercício #7

Rascunho - os brownies
homenzinhos – cor parda
escócia – fazem tarefas
Contos de Grimm
Oficio literário -seus brownies
Sonho - tarefas fantásticas – contos

Rasura
No Reino do Sonhar onde a imaginação corre solta muitos contos surgem do nada. Não sei se eles são acompanhados do pó [areia] do Mestre desse reino [Sandman] que nos faz cair no mais denso sono e nos conduz por seus reinos.
Em uma dessas explorações no magnifico e fantástico Reino do Sonhar [recordo eu desse sonho pois o anotei assim que acordei – ou acordei anotado] caminhava por um lugar onde os maiores literais [os grande escritores] iam para colher suas ideias, vi por ali: Borges, Poe, Louis Stevenson, os irmãos Grimm, Neil Gaiman, Julio Verne, Homero, Shakespeare, Kafka, Eliot, Manoel de Barros, Clarice Lispector, Kerouac, Italo Calvino […] centena deles ali caminhando com um bloquinho de papel, um lápis e um homenzinho de cor parda.
Olhei para aquele monte de homenzinhos de cor parda que conduziam os literais e fiquei imaginando o que seriam eles. Quando ia me aproximar de Sartre e Saramago, que caminhavam um ao lado do outro, um dos homenzinhos me puxou pela manga e me disse em palavras que se transformaram em negrito: Seu lugar ainda não é aqui. E me puxando com uma força que parecia que não tinha me tirou daquele lugar, ao atravessar a porta me acordei.
Volta e meia esse sonho me volta e fico pensando no que ele quer dizer, ainda não descobri, mas quem sabe um dia desses eu volte ao mesmo lugar no Reino do Sonhar e me depare com os literais e os homenzinhos de cor parda, se dessa vez eles me permitirem ficar um tempinho a mais, ao acordar conto para vocês.

[Texto produzido na oficina de Literatura Potencial - Transcrições no Cotidiano]

Elisandro Rodrigues

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Entra[saí]da - Manoel de Barros

Distâncias somavam a gente para menos. Nossa morada estava tão perto do abandono que dava até para a gente pegar nele. Eu conversava bobagens profundas com sapos, com as águas e com as árvores. Meu avô abastecia a solidão. A natureza avançava nas minhas palavras tipo assim:

O dia está frondoso em borboletas. No amanhecer o sol põe glórias no meu olho. O cinzento da tarde me empobrece. E o rio encosta as margens na minha voz.

Essa fusão com a natureza tirava de mim a liberdade de pensar. Eu queria que as garças me sonhassem. Eu queria que as palavras me gorjeassem. Então comecei a fazer desenhos verbais de imagens. Me dei bem.

[...]

1)É nos loucos que grassam luarais; 2)Eu queria crescer pra passarinho; 3) Sapo é um pedaço de chão que pula; 4) Poesia é a infância da língua. Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.

Siente como Sopla el Viento