6.11.06

Retirado de, acessem para saber mais: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/11/364893.shtml?comment=on

Ato anti-ocultamento midiático e solidariedade à Luta de Oaxaca em PORTO ALEGRE!

Terça-feira, dia 7 de Novembro as 17:00 em frente a prefeitura velha de Porto Alegre!

ATO ANTI-OCULTAMENTO MIDIÁRICO EM SOLIDARIEDADE AO POVO E À LUTA DE OAXACA!!


Ato anti-ocultamento midiático em solidariedade à Oaxaca!

Ao redor do mundo são organizados atos de solidariedade, estes eventos são muito importantes e não podem parar agora, diante da falta de informação em quase todos os meios de mídia massiva do Brasil. Temos que mostrar ao governo mexicano que nós aqui em Porto Alegre também estamos atentos a todos seus excessos!

Não fique de braços cruzados, proteste contra os meios de mídia que mais não informam novamente acobertando atos de violência e opressão de um dito governo democrático!
Exerça sua liberdade de expressão!!

Este é um ato supra partidário, logo se você for de algum partido, traga suas amigas e amigos, seu instrumento musical ou seu cachorro, mas deixe a sua bandeira em casa. Afinal as eleições já acabaram.

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Entra[saí]da - Manoel de Barros

Distâncias somavam a gente para menos. Nossa morada estava tão perto do abandono que dava até para a gente pegar nele. Eu conversava bobagens profundas com sapos, com as águas e com as árvores. Meu avô abastecia a solidão. A natureza avançava nas minhas palavras tipo assim:

O dia está frondoso em borboletas. No amanhecer o sol põe glórias no meu olho. O cinzento da tarde me empobrece. E o rio encosta as margens na minha voz.

Essa fusão com a natureza tirava de mim a liberdade de pensar. Eu queria que as garças me sonhassem. Eu queria que as palavras me gorjeassem. Então comecei a fazer desenhos verbais de imagens. Me dei bem.

[...]

1)É nos loucos que grassam luarais; 2)Eu queria crescer pra passarinho; 3) Sapo é um pedaço de chão que pula; 4) Poesia é a infância da língua. Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.

Siente como Sopla el Viento