18.9.06


Um menino gostava de outra menina, só que a menina não compreendia o por que gostava do menino. Os dois se gostavam e se queriam muito, mas nenhum deles conseguia dizer ao outro o sentimento que existia em seus corações. Certo dia o menino resolveu sair e gritar aos quatro cantos do mundo que QUERIA A MENINA, QUE A GOSTAVA MUITO. E assim o fez, explessou este sentimento através da fala, da musica, da poesia, da arte. Mas mesmo assim a menina não conseguiu entender o que ele sentia por ela. Desanimado e desmotivado o menino começou a perder a esperança deste amor que seria tão lindo. Começou a não mais se espressar, foi ai que a menina percebeu a falta que ele a fazia. E assim descobriu o sentimento que pensava não ter por ele. E os dois começaram então a se expressarem juntos, dizendo e gritando ao mundo QUE SE GOSTAVAM, QUE SE QUERIAM E QUE IRIAM CONSTRUIR UM LINDO CAMINHO E PROCESSO JUNTOS, DE MÃOS DADAS CURTINDO O PÔR-DO-SOL E A FELICIDADE DAS MANHÃS DE CHUVA.

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Entra[saí]da - Manoel de Barros

Distâncias somavam a gente para menos. Nossa morada estava tão perto do abandono que dava até para a gente pegar nele. Eu conversava bobagens profundas com sapos, com as águas e com as árvores. Meu avô abastecia a solidão. A natureza avançava nas minhas palavras tipo assim:

O dia está frondoso em borboletas. No amanhecer o sol põe glórias no meu olho. O cinzento da tarde me empobrece. E o rio encosta as margens na minha voz.

Essa fusão com a natureza tirava de mim a liberdade de pensar. Eu queria que as garças me sonhassem. Eu queria que as palavras me gorjeassem. Então comecei a fazer desenhos verbais de imagens. Me dei bem.

[...]

1)É nos loucos que grassam luarais; 2)Eu queria crescer pra passarinho; 3) Sapo é um pedaço de chão que pula; 4) Poesia é a infância da língua. Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.

Siente como Sopla el Viento