22.2.07

Enfeitiçado de Amor Puro

“E o coração de quem ama, fica faltando um pedaço, que nem a lua minguante que vem o meu em seus braços...”*

Hoje é um daqueles “dias frios, um bom lugar para ler um livro e o pensamento lá em você, eu sem você não vivo...” Doce loucura esta de sentir o que estou sentindo. Doce pois me lembro de seus beijos...estou imerso nestes pensamentos, de tão fundo que estou chego a senti-la me abraçando, com seu abraço gostoso e prazeroso.
Não sei o que acontece comigo, o que se passa com o meu coração. Sinto você em meu corpo, sinto-a perto de mim. Loucura. Paixão. Paixão louca sem rumo, a não ser a sua trilha. Me sinto perdido...perdido de paixão....
Não deve existir encantamento mais forte do que este que me lançaste, pois o que usaste em mim deve ser um de Puro. Amor para deixar-me do jeito em que estou, louco de paixão. Até digo “meu amor, eu juro, ser teu e de mais ninguém...o que há dentro do meu coração eu tenho guardado para te dar...”
A paixão é algo gostoso, mas as vezes chega a doer, pois de tão forte que é, sentimos a necessidade desse amor do nosso lado. O doce que me deste estava enfeitiçado...de amor puro...
...“um amor tão puro que inda nem sabe a força que tem, é teu e de mais ninguém. Te adoro em tudo, tudo, tudo. Quero mais que tudo, tudo, tudo...”


Elisandro Rodrigues
Poeta apaixonado pelo beijo mais doce e pelo abraço mais gostoso...

*Musicas de Djavam “Um amor puro”, “Faltando um pedaço”, “Nem um dia”

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Entra[saí]da - Manoel de Barros

Distâncias somavam a gente para menos. Nossa morada estava tão perto do abandono que dava até para a gente pegar nele. Eu conversava bobagens profundas com sapos, com as águas e com as árvores. Meu avô abastecia a solidão. A natureza avançava nas minhas palavras tipo assim:

O dia está frondoso em borboletas. No amanhecer o sol põe glórias no meu olho. O cinzento da tarde me empobrece. E o rio encosta as margens na minha voz.

Essa fusão com a natureza tirava de mim a liberdade de pensar. Eu queria que as garças me sonhassem. Eu queria que as palavras me gorjeassem. Então comecei a fazer desenhos verbais de imagens. Me dei bem.

[...]

1)É nos loucos que grassam luarais; 2)Eu queria crescer pra passarinho; 3) Sapo é um pedaço de chão que pula; 4) Poesia é a infância da língua. Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.

Siente como Sopla el Viento